Em julho, escolas da rede estadual ganharam “cara nova” em diversas cidades do estado de São Paulo, entre elas a Carlos Humberto Carrara, de Lucélia. A tarefa foi realizada por reeducandos do regime semiaberto, que foram selecionados para receber qualificação profissional por meio do programa Via Rápida Expresso, realizando as aulas práticas em equipamentos públicos.
A ação, uma parceria entre a SDECTI (Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado), a SAP (Secretaria da istração Penitenciária) e Secretaria de Estado da Educação, contemplou a unidade de ensino com pintura, feita por 25 reeducandos da Penitenciária de Lucélia. O curso foi dividido em dois módulos, com 25h de aulas teóricas e 75h, aulas práticas.
De acordo o vice-governador e secretário da SDECTI, Márcio França, a ação é fundamental para reinserção do reeducando na sociedade. “A reintegração de apenados nem sempre é uma tarefa fácil. Por um lado, há o pré-conceito das pessoas e por outro, a preocupação de como fazer o restabelecimento com dignidade e de forma eficaz. O Governo encontrou a fórmula de sucesso, trabalho e educação, que é o primeiro o para o processo de recuperação e inclusão social”, acrescenta.
Para o secretário de Estado da Educação, José Renato Nalini, a ideia é oferecer à comunidade um equipamento recuperado. “Os executores dessa ação recuperam igualmente o valor conferido ao trabalho honesto e evidenciam o propósito de se dedicar inteiramente a ele, em lugar de perseverarem na senda do crime”, salienta.
Segundo o secretário da SAP, Lourival Gomes, a interação entre as secretarias é a matéria-prima para o sucesso do programa Via Rápida Expresso. “Na ação todos ganham, os usuários dos equipamentos públicos, o Estado porque proporciona mão de obra qualificada e os reeducandos que, além de aprenderem um ofício, ainda reduzem a pena”, explica.
O diretor geral da Penitenciária de Lucélia, Marcos Antônio Hipólito, também avaliou como positiva a parceria, pois propicia aos reeducandos uma oportunidade de aprender uma nova profissão para o mercado de trabalho, além de prepará-los para o retorno ao convívio na sociedade, incorporando melhor o processo de ressocialização e assimilando a terapêutica prisional.
