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sexta-feira, 13 junho, 2025

Microrregião já registra 41% mais casos de dengue do que em 2024

De janeiro até 24 de abril, os 14 municípios confirmaram 1.871 casos da doença; uma morte está em investigação

Em situação de emergência, a cidade Flórida Paulista realiza mutirão para recolha de itens que acumulam água | Foto: Divulgação/Prefeitura

A situação da dengue continua alarmante na microrregião, que já registra 40,67% a mais de confirmações em comparação com todo o ano de 2024. Diante do cenário, municípios como Adamantina e Flórida Paulista decretaram situação de emergência para intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti – mosquito transmissor da doença.

Conforme levantamento do IMPACTO no de Arboviroses do Governo do Estado, os 14 municípios que compõem a microrregião registraram 1.871 casos de dengue de janeiro até a manhã desta quinta-feira (24). Em todo o ano ado, o grupo de cidades havia confirmado 1.330 casos da doença.

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Maior município da região, Adamantina também lidera em número de confirmações: são 554 até o momento. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, três sorotipos do vírus estão em circulação na cidade, com destaque para os DENV-2 e DENV-3 – este último classificado como um “vírus de incidência nova no município”. “A população fica suscetível a um maior índice de transmissão deste vírus”, afirma o decreto de emergência publicado em 16 de abril, em razão da epidemia de dengue.

“O DENV-3 é considerado um dos sorotipos mais virulentos do vírus da dengue, ou seja, com maior potencial de causar formas graves da doença. Estudos indicam que, após uma segunda infecção por qualquer sorotipo, há uma predisposição para quadros mais graves, independentemente da sequência dos vírus envolvidos. No entanto, os sorotipos 2 e 3 são frequentemente associados a manifestações mais severas”, explica o Ministério da Saúde.

Ainda segundo o Governo do Estado, Adamantina havia registrado 168 casos de dengue em 2024.

Outro município que decretou situação de emergência foi Flórida Paulista, que já confirmou 402 casos neste ano – número significativamente superior aos 66 registrados no ano ado. “[…] a situação exige da municipalidade atenção especial, haja vista a possibilidade de agravamento e, como consequência, atingir um índice muito elevado no território de Flórida Paulista, devendo, portanto, a Secretaria Municipal de Saúde adotar medidas preventivas, drásticas, enérgicas e inadiáveis para conter o mal iminente que bate em nossas portas”, previa o decreto publicado ainda em fevereiro.

No momento, apenas a cidade de Pacaembu investiga uma morte em decorrência da doença.

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